sábado, 8 de novembro de 2008

Noite a dentro


Eu aguardava o nascer do sol como um sinal de esperança, como se a luz fosse surgir para iluminar a escuridão que me rondava. Eu a procurava nos meus sonhos que sempre terminavam em pesadelos cruéis. A insônia me dominava e as horas demoravam a passar. Eu sabia que você estava longe, muito distante de mim, mas precisava acreditar em milagres, acreditar que no dia seguinte você apareceria sem perguntas idiotas, como se nada houvesse acontecido. Isso dava força, alimentava e me deixava vivo.


A sensação era a pior, uma dor no perto que não passava, um turbilhão de informações na cabeça, insanidade total. Eu trocava a claridade da TV pela calmaria das músicas modernas da rádio popular, que logo tocava aquela nossa música. Parecia até que estava me aguardando com uma faca afiada apunhalando-me pelas costas.

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